quinta-feira, 27 de abril de 2017

Crítica filme Vida

Crítica filme Vida

Diretor : Daniel Espinhosa
Elenco: Jake Gyllenhaal, Rebecca Ferguson, Ryan Reynolds, Hiroyuki Sanada, Ariyon Bakare e Olga Dihovichnaya

Assisti ontem o filme VIDA. Afinal, depois de um trailer muito bem feito e de uma temática que me encanta desde os 10 anos de idade, não tinha como ficar em casa. Além de ser atraído pelo tema fiquei ainda mais empolgado quando vi no elenco Ryan Reynolds (ex-lanterna verde). Pensei: coisa boa estava por vir na grande tela! Fui com minha mulher que estava empolgada ao me ver empolgado, sentamos em uma sala enorme, mas somente com 6 pessoas assistindo um filme em dia de quarta-feira, que é dia de desconto em cinema aqui no Rio, considerando que estávamos em Copacabana, um bairro muito populoso, achei estranho, mas vamos lá. O filme começa com uma apresentação muito rápida, um satélite com amostras de terra vindo de marte sofre algumas avarias na viagem e vem em direção à Terra completamente descontrolado. A equipe da estação espacial consegue capturar o satélite e trazê-lo para bordo para análise minuciosa de seu conteúdo. Até esse ponto ok, mas achei essa passagem meio rápida, não tivemos maiores detalhes do lugar de onde veio a amostra, como foi coletada, duração da viagem, nada, até esse ponto pouca ciência e muita habilidade para segurar o satélite desgovernado (que foi graças à experiencia do Ryan Reynolds como Lanterna Verde). Colocam as amostras no microscópio e rapidamente constatam a existência de uma bactéria, com alguns experimentos conseguem reviver a bactéria de daí para frente o roteiro segue uma sequencia de praxe, o monstro cresce, come algumas pessoas – sem nenhum padrão de comportamento e durante esse período tentam matá-la e não conseguem. Considerando que a equipe de astronautas é também de cientistas tive a sensação de estar assistindo a uma equipe de adolescentes “mexendo com o que não deve”. Um filme que começa com um forte apego à ciência e se perde em meio a lança-chamas e sistemas de segurança que apenas chamam de firewall 1, 2 e 3, comecei a perder o interesse. Depois que cheguei em casa fui pesquisar o diretor (começarei a fazer isso antes de assistir) é um diretor de filmes policiais, ou seja, um diretor que foca no bandido, não tinha como esperar nada mais que isso. A personalidade dos personagens é algo que beira o ridículo, simplesmente jogaram fora a contratação de grandes atores, pois se não fossem nomes conhecidos diria que a NASA está buscando profissionais no Linkedin e fazendo entrevistas por Skype, pois a equipe não demonstra domínio da própria nave que está, pois tem dificuldades de resolver problemas técnicos de comunicação! Santo Deus, chamem o Matt Damon! (Perdido em Marte)  que conseguiu reestabelecer a comunicação com a Terra sozinho! (a estação espacial só tem um único sistema de comunicação com a terra e que dá defeito logo no inicio do filme....bem científico não?)  Agora depois de ver tanta imaturidade chega a momento final que eu simplesmente me recuso a comentar. Como ainda se encerram filmes com o final daqueles!, me pareceu ter assistindo a qualquer filme de “terror trash” da década de 80!. Minha mulher disse que não vai mais assistir filmes comigo, vocês querem me ferrar! Minha recomendação é: quer motivos para comer pipoca? Pode ir, quer levar a namorada nova e ficar namorando sem medo de perder as cenas? Pode ir, quer saber o que é um filme ruim? Pode ir.


Cristiano Barreto

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