Crítica filme Vida
Diretor : Daniel Espinhosa
Elenco: Jake
Gyllenhaal, Rebecca Ferguson, Ryan Reynolds, Hiroyuki
Sanada, Ariyon Bakare e Olga Dihovichnaya
Assisti ontem o filme VIDA. Afinal, depois de um trailer
muito bem feito e de uma temática que me encanta desde os 10 anos de idade, não
tinha como ficar em casa. Além de ser atraído pelo tema fiquei ainda mais
empolgado quando vi no elenco Ryan Reynolds (ex-lanterna verde). Pensei: coisa
boa estava por vir na grande tela! Fui com minha mulher que estava empolgada ao
me ver empolgado, sentamos em uma sala enorme, mas somente com 6 pessoas
assistindo um filme em dia de quarta-feira, que é dia de desconto em cinema
aqui no Rio, considerando que estávamos em Copacabana, um bairro muito
populoso, achei estranho, mas vamos lá. O filme começa com uma apresentação
muito rápida, um satélite com amostras de terra vindo de marte sofre algumas
avarias na viagem e vem em direção à Terra completamente descontrolado. A
equipe da estação espacial consegue capturar o satélite e trazê-lo para bordo
para análise minuciosa de seu conteúdo. Até esse ponto ok, mas achei essa
passagem meio rápida, não tivemos maiores detalhes do lugar de onde veio a
amostra, como foi coletada, duração da viagem, nada, até esse ponto pouca
ciência e muita habilidade para segurar o satélite desgovernado (que foi graças à experiencia do Ryan
Reynolds como Lanterna Verde). Colocam as amostras no
microscópio e rapidamente constatam a existência de uma bactéria, com alguns
experimentos conseguem reviver a bactéria de daí para frente o roteiro segue
uma sequencia de praxe, o monstro cresce, come algumas pessoas – sem nenhum
padrão de comportamento e durante esse período tentam matá-la e não conseguem.
Considerando que a equipe de astronautas é também de cientistas tive a sensação
de estar assistindo a uma equipe de adolescentes “mexendo com o que não deve”.
Um filme que começa com um forte apego à ciência e se perde em meio a
lança-chamas e sistemas de segurança que apenas chamam de firewall 1, 2 e 3, comecei a perder o interesse. Depois que cheguei em casa fui pesquisar o
diretor (começarei a fazer isso antes de assistir) é um diretor de filmes
policiais, ou seja, um diretor que foca no bandido, não tinha como esperar nada
mais que isso. A personalidade dos personagens é algo que beira o ridículo,
simplesmente jogaram fora a contratação de grandes atores, pois se não fossem nomes
conhecidos diria que a NASA está buscando profissionais no Linkedin e fazendo
entrevistas por Skype, pois a equipe não demonstra domínio da própria nave que
está, pois tem dificuldades de resolver problemas técnicos de comunicação! Santo
Deus, chamem o Matt Damon! (Perdido em Marte) que conseguiu reestabelecer a comunicação com
a Terra sozinho! (a estação espacial só tem um único sistema de comunicação com
a terra e que dá defeito logo no inicio do filme....bem científico não?) Agora depois de ver tanta imaturidade chega a
momento final que eu simplesmente me recuso a comentar. Como ainda se encerram
filmes com o final daqueles!, me pareceu ter assistindo a qualquer filme de “terror trash” da década de 80!. Minha mulher disse que não vai mais
assistir filmes comigo, vocês querem me ferrar! Minha recomendação é: quer
motivos para comer pipoca? Pode ir, quer levar a namorada nova e ficar
namorando sem medo de perder as cenas? Pode ir, quer saber o que é um filme
ruim? Pode ir.
Cristiano Barreto
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